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Portugal, Portugal, Portugal

Portugal Campeão Europeu

Na verdade, quer se critique quer não, o futebol é ainda o desporto nesta e noutras zonas do mundo, que mais adeptos e paixões mobiliza.

Não podia deixar passar esta oportunidade, até agora única, de viver uma satisfação inaudita por Portugal se sagrar campeão Europeu,  sem dar os parabéns a todos, a todos os níveis, desde os que acreditaram e nomearam a equipa para seleccionar e treinar os que nos representaram com tanta humildade e eficácia, até todos aqueles que na sombra trabalharam arduamente para preparar o caminho que haveria de conduzir-nos à vitória.

Muito interessante que na hora da vitória, o líder da selecção Fernando Santos, nem do povo grego se esqueceu, agradecendo também a ele a oportunidade e a confiança que lhe foi dada para “aprender” a treinar uma selecção de um país. Grande líder em todos os momentos. Humildade e Agradecimento, qualidades raras nos dias que correm em todas as esferas da vida, profissional, política e privada.

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Goste-se ou não de como se ganham as batalhas, para conseguir vencer a guerra a verdade é que este líder low profile de nome Fernando Santos, foi um líder pragmático, com um objectivo muito bem definido e um plano de acção que não tinha apenas um plano A, tinha também vários planos B, ou se preferirem, um plano B e um C e um D… os que fossem necessários para concretizar os objectivos! Sem vergonha nem medos de os assumir. Assim seguissem o exemplo outros que se acham líderes de outras galáxias.

Uma palavra também para um grande capitão dentro das quatro linhas e fora delas: Cristiano Ronaldo. De facto a inveja corrói e cega aqueles que longe da sua capacidade e performances mais não fazem do que procurar denegrir e destruir – sem êxito felizmente. Mesmo fora de campo como ontem aconteceu, após uma falta feia e deselegante (para não lhe chamar outra coisa) que o Sr. Árbitro nem falta marcou (como se chamava ele?), Cristiano demonstrou também fora das quatro linhas o que a garra e determinação são capazes de conseguir!

A um líder, não basta ser líder – é importante ter seguidores que quando necessário também sabem ser líderes, defendendo com unhas e dentes o caminho que conduz à concretização dos objectivos do grupo, neste caso da selecção de todos nós.

Obrigado a todos os que nos deram esta alegria imensa para nunca mais esquecer!

Por

José Ferreira Duarte

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Não temos sindicato!

O dia amanheceu com sol e muita luz. Tomei o pequeno almoço (repeti aquele pão de cereais maravilhoso… dentro de uma diversidade imensa disponível) e fui para a reunião, não sem antes parar a meio do caminho para analisar o marco que assinala a antiga fronteira entre a ex-Alemanha de Leste e a ex-Alemanha Ocidental.

Chegámos à empresa, instalações edificadas na ex-Alemanha de Leste, e fomos recebidos com esmero e atenção, tendo sido de imediato levados para a sala de reuniões onde nos esperava café, fresquíssimo, e sortido de bolachas à descrição. Esperámos um pouco pelo nosso interlocutor e, uma vez na sala, demos imediatamente início à discussão dos temas que nos trouxera até esta reunião. Conduzi a reunião em alemão e fui traduzindo ora para uma língua ora para outra.

Esclarecemos detalhes e demos um passo em frente no projecto, sendo que alguns dados novos foram introduzidas na discussão. As fases preparatórias para o lançamento de um novo produto ou serviço no mercado são muito exigentes. É muito importante fazer as coisas bem desde o início … ou pelo menos ser sólido a trabalhar com esse objectivo.

Precisamos de estar preparados para investir tempo e recursos na pesquisa, análise, compreensão das tendências do mercado e no que o faz funcionar, identificar os actores, estabelecer os objectivos, a estratégia para alcançá-los, capitalizar os pontos fortes e superar os pontos fracos, estabelecer a estrutura certa, logística … cansado? Pense antes de seguir em frente. Sem uma visão clara do mercado-alvo e sem compreendê-lo a partir de vários ângulos, é impossível estabelecer o programa de lançamento mais apropriado para um novo produto ou serviço. Estes aspectos são ainda mais importantes quando o produto ou o serviço não são uma inovação no mercado, tornando a diferenciação um desafio muito exigente.

Infelizmente o nosso Project Manager, uma pessoa extraordinária, gorou as nossas expectativas, demonstrando-se inseguro e mal preparado, colocando em dúvida a sua capacidade para executar com sucesso a função para a qual havia sido contratado. No dia seguinte, após conversa que decorreu num ambiente verdadeiramente profissional, terminámos a relação contratual. Hoje, mais do que ontem, o tempo é precioso. Perder tempo, significa perder oportunidades e o mercado é implacável para com as empresas que não entendam esta realidade. No contexto tão complicado quanto desafiante que enfrentamos hoje, é fundamental tomar decisões quando têm de ser tomadas e não deixar que o tempo que se desperdiça torne tudo mais difícil.

Enquanto conversava com o Presidente desta empresa abordei o tema relações da empresa com o sindicato. Respondeu-me com orgulho e satisfação:

– “Não temos nem representação sindical nem comissão de trabalhadores. Os nossos trabalhadores sentem-se felizes e agradecidos pelas oportunidades de trabalho que lhes criámos. Somos a empresa que emprega mais pessoas na região e todos sabem reconhecer que fizemos um investimento elevado. Eles são agradecidos por isso. Nós confiamos neles e eles estão totalmente empenhados.

Que maravilha. Seria bom que fosse sempre assim. Infelizmente nem em Portugal, nem provavelmente em qualquer outro país do mundo, encontramos com frequência esta “fusão” entre os que criam as condições para a criação de postos de trabalho e os que aproveitaram as oportunidades criadas e se sentem agradecidos por isso.

Será que toda a discussão demagógica que se faz à volta deste tema, a forma como são diabolizados aqueles que investiram as suas economias na criação de uma empresa, economias que resultaram de um trabalho sério e íntegro, só prejudica a relação entre quem investe e os seus trabalhadores? Os riscos que os empreendedores correm, quando poderiam ter aplicado as suas poupanças em puro divertimento durante toda a sua vida trabalhando para outros, é muitas vezes desvalorizado e não é reconhecido. A começar por aqueles que possuem um posto de trabalho digno, remunerado e pago a tempo e horas.

Nas reuniões que vou tendo com os meus clientes, verifico que na verdade o grande desafio é ter gente dedicada que sabe que está a ser recompensada pelo trabalho que realiza e mais importante ainda, sente-se agradecida por isso. São poucos aqueles que entendem e reconhecem que quanto maior for a sua contribuição, maior a segurança no trabalho e maior a probabilidade de ver as suas condições melhoradas. Infelizmente, para muitos empreendedores, as dificuldades surgem logo quando precisam de aumentar os postos de trabalho uma vez que muitos preferem o fundo de desemprego e a vida boa a empenhar-se numa oportunidade de trabalho – Reparem que escrevo trabalho.

A terminar, apenas a convicção de que deveria haver mais responsabilidade da parte de quem tem acesso aos media e os domina. Uma organização funciona na perfeição quando existe uma verdadeira simbiose entre os seus dirigentes, sócios ou não, e os colaboradores em geral.

É pena que, muitos dos que falam, falam, falam e nada fazem, continuem a dominar os media, sejam comentadores, políticos ou relacionados. Não conhecem o país real nem querem conhecer, primeiro porque não sabem verdadeiramente muitos deles o que a palavra trabalho realmente significa, e segundo, porque não lhes interessa uma vez que a realidade é bem diferente das bases em que assentam as suas falácias.

E a sua opinião sobre estes temas? Partilhe connosco os seus comentários.

Post por José Ferreira Duarte